DESTAQUES
Mas como despertar a pergunta sobre Deus?
A pergunta sobre Deus desperta no encontro com quem tem o dom da fé.
Conhece-se Deus através dos homens e mulheres que o conhecem.
O homem contemporâneo precisa de ver com os seus olhos
e tocar com as mãos que com Deus ou sem Deus tudo é diferente.
Mas a mentalidade fechada ao transcendente obriga os próprios cristãos a voltar de modo mais decidido à centralidade de Deus.
Na verdade, os cristãos não habitam um planeta distante, imune contra as "doenças" do mundo. Por isso não é menos urgente repropor a questão de Deus também no próprio tecido eclesial.
Quantas vezes, apesar de definir-se cristãos, Deus de facto não é o ponto de referência central no modo de pensar e de agir, nas escolhas fundamentais da vida.
TEXTO DESENVOLVIDO
Mas como despertar a pergunta sobre Deus, para que se torne a questão fundamental?
Caros amigos, se é verdade que «ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa» (Deus caritas est, 1), a pergunta sobre Deus desperta no encontro com quem tem o dom da fé, com quem tem uma relação com o Senhor.
Conhece-se Deus através dos homens e mulheres que o conhecem: a estrada que conduz até Ele passa, de modo concreto, através de quem já o encontrou. Aqui o vosso papel de fiéis leigos é particularmente importante.
Como observa a Christifideles Laici, é esta a vossa vocação específica: na missão da Igreja «...cabe aos fiéis leigos um lugar de relevo, em razão da sua "índole secular", que os empenha, com modalidades próprias e insubstituíveis, na animação cristã da ordem temporal.» (n. 36).
Sois chamados a dar um testemunho transparente da relevância da questão de Deus em todos os campos do pensar e do agir. Na família, no trabalho, e também na política e na economia, o homem contemporâneo precisa de ver com os seus olhos e tocar com as mãos que com Deus ou sem Deus tudo é diferente.
Mas o desafio lançado por uma mentalidade fechada ao transcendente obriga ainda os próprios cristãos a voltar de modo mais decidido à centralidade de Deus. Às vezes tem-se insistido para que a presença dos cristãos no campo social, na política e na economia seja mais incisiva, e talvez não nos tenhamos preocupado na mesma medida com a solidez da sua fé, como se a fé fosse um dado adquirido de uma vez por todas.
Na verdade, os cristãos não habitam um planeta distante, imune contra as "doenças" do mundo; partilham as perturbações, as desorientações e as dificuldades do seu tempo.
Por isso não é menos urgente repropor a questão de Deus também no próprio tecido eclesial.
Quantas vezes, apesar de definir-se cristãos, Deus de facto não é o ponto de referência central no modo de pensar e de agir, nas escolhas fundamentais da vida.
A primeira resposta ao grande desafio do nosso tempo está, portanto, na profunda conversão do nosso coração, para que o Baptismo que nos tornou luz do mundo e sal da terra possa verdadeiramente transformar-nos.
Fonte: http://magisterobenedettoxvi.blogspot.com/2011/11/il-papa-i-cristiani-non-abitano-un.html