Para inspirar as mães...
Palavras do Papa Francisco
no final da recitação do Santo Rosário
na Basílica de Santa Maria Maior
4 de maio de 2013
Uma mãe ajuda os filhos a crescer e deseja que cresçam bem; por isso, educa-os a não cederem à preguiça — que deriva inclusive de um certo bem-estar — a não se abandonar a uma vida confortável, que se contenta simplesmente com os objectos. A mãe cuida dos filhos para que cresçam cada vez mais, cresçam fortes e se tornem capazes de assumir responsabilidades, de se comprometer na vida e de propender para grandes ideais.
(...)
Além disso, uma mãe pensa na saúde dos filhos, educando-os também para enfrentar as dificuldades da vida. Não se educa, não se cuida da saúde evitando os problemas, como se a vida fosse uma auto-estrada sem obstáculos. A mãe ajuda os filhos a ver com realismo os problemas da vida e a não se perder neles, mas a enfrentá-los com coragem, a não ser frágeis e a sabê-los superar, num equilíbrio sadio que uma mãe «sente» entre os âmbitos de segurança e as áreas de risco. E uma mãe sabe fazer isto! Não leva sempre o filho pelo caminho da segurança, porque desta forma o filho não pode crescer, mas também não o deixa unicamente na vereda do risco, porque é perigoso. Uma mãe sabe equilibrar as coisas. Uma vida sem desafios não existe, e um jovem ou uma jovem que não sabe enfrentá-los, pondo-se em jogo, é um jovem e uma jovem sem espinha dorsal!
(...)
Um último aspecto: uma boa mãe não só acompanha os filhos no crescimento, sem evitar os problemas e os desafios da vida; uma boa mãe ajuda também a tomar as decisões definitivas com liberdade. Isto não é fácil, mas uma mãe sabe fazê-lo. Mas o que significa liberdade? Sem dúvida, não é fazer tudo o que queremos, deixar-nos dominar pelas paixões, passar de uma experiência para outra sem discernimento, seguir as modas do tempo; liberdade não significa, por assim dizer, lançar da janela tudo o que não nos agrada. Não, a liberdade não é isto! A liberdade é-nos concedida para que saibamos fazer escolhas boas na vida! Como boa mãe, Maria educa-nos para sermos como Ela, capazes de fazer escolhas definitivas; escolhas definitivas, neste momento em que reina, por assim dizer, a filosofia do provisório. É muito difícil comprometer-se na vida de maneira definitiva. E Ela ajuda-nos a fazer escolhas definitivas com aquela liberdade integral e com a qual Ela mesma respondeu «sim» ao plano de Deus sobre a sua vida.
http://www.vatican.va/holy_father/francesco/speeches/2013/may/documents/papa-francesco_20130504_santo-rosario_po.html
2013-05-04
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