2013-05-29

ATSI 7/7 - Conclusões

A metodologia seguida inicia-se com a definição da visão, missão e o ambiente de negócio em que a organização se enquadra. Delinearam-se os elementos fulcrais do negócio com recurso aos modelos das forças competitivas e da cadeia de valor.

Para fazer o levantamento dos processos de negócio, devem ser identificados os vários actores na organização para garantir uma visão completa. O resultado deverá ser uma listagem de processos coerentes com a perspectiva de cada actor e claramente complementares entre si, mas que no seu conjunto são difíceis de integrar numa só visão. Para resolver este problema, os processos devem ser reorganizados segundo o objectivo.

O levantamento das entidades informacionais deve seguir uma metodologia bottom-up. Os itens de informação necessários à execução dos processos devem ser identificados e agregados progressivamente, para formar entidades informacionais compostas por vários itens relacionados.

A identificação das aplicações deve seguir igualmente uma metodologia bottom-up. As aplicações candidatas devem ser propostas indivualmente e com nomes descritivos.

O impacto mais evidente na organização é o colmatar do fosso existente entre a visão de negócio e os sistemas informáticos. Tipicamente, quer a engenharia dos processos de negócio, quer a engenharia do software recorrem a muito detalhe, o que torna impossível a conversão de uma para outra linguagem de representação. A aproximação da Arquitectura de Sistemas de Informação desvaloriza o detalhe em ambos os lados, esbatendo a sua fronteira e criando a visão do conjunto focada no objectivo.

"One of the manifestations of the information processing profession’s youth is its tendency to dwell on detail. There is the notion that if we can get the details right, the end result will somehow take care of itself and we will achieve success. It’s like saying that if we know how to lay concrete, how to drill, and how to install nuts and bolts, we don’t have to worry about the shape or use of the bridge we are building. Such and attitude would drive a more mature civil engineer crazy."
- W.H. Inmon in “Building the Data Warehouse”


As metodologias abordadas para auxiliar a criação da arquitectura de aplicações envolvem os trabalhos de Spewak, Zachman e Inmon nesta área.

Uma das principais dificuldades na realização do levantamento de processos é conseguir uma visão por processos numa estrutura organizacional com divisão funcional (departamentos).

A metodologia de Spewak evidencia uma preocupação com a “forma de trabalho” para a obtenção da Arquitectura da Empresa, de onde se destaca o valor 80/20 como nível de detalhe necessário e suficiente. Além desta regra, conclui-se que ao identificar processos e identidades com algum detalhe é útil responder à pergunta “em que medida é que esse novo elemento identificará a existência de uma nova aplicação ou caracteriza melhor as aplicações existentes?”. Deste modo, pode-se averiguar da verdadeira importância dos processos e entidades levantadas.

Por outro lado, os documentos padrão apresentados por Spewak têm um nível muito elevado de detalhe que parece desalinhado com a regra dos 80/20.

A framework de Zachman, tem o seu principal valor na sua capacidade de identificar tudo o que é importante e decisivo na concepção de uma Arquitectura de Sistemas de Informação. A independência das ferramentas para identificar os elementos de cada célula da matriz (diagramas Entity Relationship, etc.), garantem a flexibilidade na sua aplicação. No entanto, tornam a framework difícil de ser utilizada como uma metodologia de construção da Arquitectura de Sistemas de Informação.

O trabalho de Inmon, é especialmente relevante na caracterização de dados e na cisão entre aplicações com dados operacionais e históricos. O uso das regras de Inmon, permitem caracterizar um dos factores tecnológicos mais importantes da aplicação: a natureza do seu repositório. Este repositório pode ter um de três tipos: repositório partilhado, repositório isolado ou repositório histórico (data warehouse).

Sem comentários:

Enviar um comentário